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Passo a passo de cestaria

 Confeccionar um balaio, ou uma simples cesta de pão parece algo fácil, não é não, principalmente quando se opta pela originalidade da confecção artesanal desde a busca da matéria prima até o acabamento. Acompanhei o trabalho de um artesão de cestaria, Sr. Zênio, muito habilidoso nesta arte. Dá trabalho, mas é uma excelente terapia para quem busca uma atividade manual, envolve habilidade, paciência, coordenação motora, determinação,...

O primeiro passo é encontrar a quantidade de cipó necessária para a confecção da cesta, lembrando de ter o cuidado para não arrancar a planta totalmente para preservar a espécie, somente os galhos de cipó são necessários. 

A retirada da casca é uma opção, se querer um acabamento mais aprimorado remova, ou se optar por um cesto rústico, preserva, tudo dependerá do uso a que se destina.

Retirando a casca do cipó

Retirada a casca, trabalho que deve ser feito logo em seguida da poda, inicia-se o trançado da base.


A base e as hastes são feitas de cipó são João e as laterais são levantadas com lascas de bambu (ou taquara). Veja que o bambu também deve ser encontrado e extraído com material cortante, facão de preferência e retirar lascas finas de todo o comprimento do bambu sempre com a mesma espessura. 


Eis o trabalho, ou arte pronta, mas para um bonito acabamento o bom mesmo é envernizar.
Da retirada da matéria prima até o acabamento leva de um a três dias dependendo do empenho. Na minha opinião, comercialmente não parece ser viável, o custo fica elevado em relação ao que se encontra no comércio, claro que nem se compara, cada peça é única e de muita durabilidade. Como terapia vale muito a pena, os cestos são doados a família e amigos que se encantam com o presente o que torna o trabalho valoroso e prazeroso. Amei conhecer esta arte.

Balaio





Este cesto foi feito com cipó de São João e taquara. Feito pelo meu querido Zênio. 
Parece algo fácil, mas vi o trabalho que dá, colher o cipó e a taquara, remover a casca do cipó e fazer o trançado que muitas vezes não dá certo tendo que recomeçar algumas vezes até a perfeita trama. 

Eu fiz a pintura, achei que seria moleza, mas não foi fácil colocar a tinta em todo o trançado, mas valeu a pena ver a obra acabada.

Este cesto foi confeccionado para armazenar alimentos não perecíveis para ajudar famílias que estão passando por momentos difíceis. Vou colocá-lo na igreja de nossa comunidade, talvez o chame de cesto do amor, que tal, 
o que você sugere? 
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Cachepô de cipó

Ganhei esse cachepô feito de cipó e lascas de taquara, pintei com verniz e apliquei folhas secas pintadas com tinta spray. Amei o resultado.
 

 

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